A minha mãe é uma trabalhadeira incansável! Como eu gosto desta velhota!!! E das alheiras dela também! ;)
sexta-feira, dezembro 30, 2011
terça-feira, dezembro 27, 2011
A PRIMEIRA IMPRESSÃO
Ao longo da minha vida e entre muitas outras coisas, aprendi que a primeira impressão que podemos ter de alguém , pode ser profundamente errada. No campo pessoal essa descoberta pode ser facilmente alcançada. Já no campo profissional, basta aquele mau início para acabar com qualquer outro tipo de contacto, ou havendo-o, servirá tão somente para nos colocarmos numa posição de defesa que nem sempre é a melhor. Muitas sinergias não acontecem por causa disto mesmo. Ou talvez não seja só isso... é que a verdade, a franqueza e uma má primeira impressão, associado àquele pequeno pormenor tão tipicamente português - o do exercício do poderzinho - acabam quase sempre por matar à nascença aquela que poderia ser uma boa solução para ambas as partes.
sexta-feira, outubro 28, 2011
NÓS PODEMOS SER O NOSSO MAIOR INIMIGO
Hoje lembrei-me de um raspanete que há alguns anos me deram no aeroporto Galeão Santos Dumont. É que às vezes, sem sequer repararmos, estamos a colocar em risco o modo de sobrevivência de alguém.
Já há muito que não ía ao Modelo do Norte Shopping. Está completamente renovado, muito bonito, muito bem cuidado, e, talvez não tendo mais área, está maior. E, novidade das novidades, com mais caixas para pagamento, muito embora a maioria sejam caixas electrónicas para uso do próprio cliente.
Não sei se pela novidade, se pela vontade de experimentar ou até por se achar que é mais rápido, na hora do pagamento a fila era maior para essas máquinas que para o caixa 'humano', que por acaso até era um rapaz.
Lá me pus eu na fila, para o caixa humano, obviamente. Tinha à minha frente uma rapariga novita e à frente dela estava uma senhora de idade a ser atendida. Não sei se pelo volume de compras, se pela falta de destreza causada pela idade, o que é facto é que aquela senhora empatou ali um bocadinho. O tempo suficiente para eu observar que a maior parte das pessoas que estavam a utilizar as ditas máquinas, se deparavam constantemente com algum tipo de dificuldade. E de vez em quando lá ía uma menina dar uma ajuda.
A evolução tecnológica veio desenvolver o mundo, facilitar a vida de todos nós. Mas, como tudo na vida, também trouxe efeitos negativos. E para este meu desabafo, evidencio a extinção de muitos postos de trabalho. Maximizaram-se produções, facilitaram-se os serviços, eu sei. Mas muitas pessoas ficaram sem a sua fonte de rendimento. É o progresso, dizem!
Mas agora pergunto eu: também será progresso termos de ser nós a fazer o serviço de caixa num super mercado? Saiem-nos por sinal as compras mais baratas por isso?
Foi exactamente esta pergunta que eu fiz ao rapaz do caixa, quando chegou a minha vez:
- Qual é o desconto que as pessoas têm por serem elas a fazer o seu serviço?
- Nenhum - diz o rapaz timidamente.
- E pelo que eu vejo, aquelas máquinas vieram substituír o serviço de pelo menos... humm... 2 pessoas. - continuei eu.
- De três! - diz o rapaz agora num tom mais desenvolto.
- E as pessoas preferem ser elas, mesmo assim, a terem esse trabalho... - rematei eu como quem pensa em voz alta.
O rapaz olhou pra mim, encolheu os ombros e sorriu. Um daqueles sorrisos de resignação, pareceu-me.
Se repararmos bem, o progresso já nos trouxe muitos retrocessos: já ninguém nos coloca o combustível no depósito do carro - somos nós que o fazemos e temos de pagar o mesmo; já quase não há pessoas nas portagens - agora até para o pagamento em dinheiro/cartão na hora, há já máquinas para o cliente utilizar; em frente ao computador fazemos nós mesmos os nossos pagamentos bancários - mas continuamos a pagar despesas de manutenção no banco; e muitos outros exemplos que todos nós podemos encontrar diariamente. Temos quase tudo no sistema de self-service, porque assim é o progresso.
Como cliente, passar a fazer qualquer serviço extra porque sai mais barato é uma coisa. Fazê-lo a troco de nada é outra. E, no caso do super mercado, alinhando nestas novas modalidades, é podermos estar a acabar com aquele que, eventualmente, poderia vir a ser o nosso sustento, dada a crise de desemprego que atravessamos, ou pelo menos o de alguém.
Há algum anos deram-me um raspanete no aeroporto do Rio de Janeiro, porque fui arrumar o carrinho que tinha utilizado para transportar a minha bagagem. E só depois percebi que aquela pessoa que ralhava comigo, estava a lutar pelo seu posto de trabalho. Se todas as pessoas fizessem o mesmo, ela deixaria de fazer falta.
Curioso, não é?!
Já há muito que não ía ao Modelo do Norte Shopping. Está completamente renovado, muito bonito, muito bem cuidado, e, talvez não tendo mais área, está maior. E, novidade das novidades, com mais caixas para pagamento, muito embora a maioria sejam caixas electrónicas para uso do próprio cliente.
Não sei se pela novidade, se pela vontade de experimentar ou até por se achar que é mais rápido, na hora do pagamento a fila era maior para essas máquinas que para o caixa 'humano', que por acaso até era um rapaz.
Lá me pus eu na fila, para o caixa humano, obviamente. Tinha à minha frente uma rapariga novita e à frente dela estava uma senhora de idade a ser atendida. Não sei se pelo volume de compras, se pela falta de destreza causada pela idade, o que é facto é que aquela senhora empatou ali um bocadinho. O tempo suficiente para eu observar que a maior parte das pessoas que estavam a utilizar as ditas máquinas, se deparavam constantemente com algum tipo de dificuldade. E de vez em quando lá ía uma menina dar uma ajuda.
A evolução tecnológica veio desenvolver o mundo, facilitar a vida de todos nós. Mas, como tudo na vida, também trouxe efeitos negativos. E para este meu desabafo, evidencio a extinção de muitos postos de trabalho. Maximizaram-se produções, facilitaram-se os serviços, eu sei. Mas muitas pessoas ficaram sem a sua fonte de rendimento. É o progresso, dizem!
Mas agora pergunto eu: também será progresso termos de ser nós a fazer o serviço de caixa num super mercado? Saiem-nos por sinal as compras mais baratas por isso?
Foi exactamente esta pergunta que eu fiz ao rapaz do caixa, quando chegou a minha vez:
- Qual é o desconto que as pessoas têm por serem elas a fazer o seu serviço?
- Nenhum - diz o rapaz timidamente.
- E pelo que eu vejo, aquelas máquinas vieram substituír o serviço de pelo menos... humm... 2 pessoas. - continuei eu.
- De três! - diz o rapaz agora num tom mais desenvolto.
- E as pessoas preferem ser elas, mesmo assim, a terem esse trabalho... - rematei eu como quem pensa em voz alta.
O rapaz olhou pra mim, encolheu os ombros e sorriu. Um daqueles sorrisos de resignação, pareceu-me.
Se repararmos bem, o progresso já nos trouxe muitos retrocessos: já ninguém nos coloca o combustível no depósito do carro - somos nós que o fazemos e temos de pagar o mesmo; já quase não há pessoas nas portagens - agora até para o pagamento em dinheiro/cartão na hora, há já máquinas para o cliente utilizar; em frente ao computador fazemos nós mesmos os nossos pagamentos bancários - mas continuamos a pagar despesas de manutenção no banco; e muitos outros exemplos que todos nós podemos encontrar diariamente. Temos quase tudo no sistema de self-service, porque assim é o progresso.
Como cliente, passar a fazer qualquer serviço extra porque sai mais barato é uma coisa. Fazê-lo a troco de nada é outra. E, no caso do super mercado, alinhando nestas novas modalidades, é podermos estar a acabar com aquele que, eventualmente, poderia vir a ser o nosso sustento, dada a crise de desemprego que atravessamos, ou pelo menos o de alguém.
Há algum anos deram-me um raspanete no aeroporto do Rio de Janeiro, porque fui arrumar o carrinho que tinha utilizado para transportar a minha bagagem. E só depois percebi que aquela pessoa que ralhava comigo, estava a lutar pelo seu posto de trabalho. Se todas as pessoas fizessem o mesmo, ela deixaria de fazer falta.
Curioso, não é?!
quinta-feira, setembro 15, 2011
ACABAR É COM O MAU NÃO COM O BOM
Ontem tive necessidade de recorrer ao meu centro de saúde e fiquei a saber que, a partir de 1 de Outubro, deixará de funcionar no horário nocturno e aos fins de semana. Ordens superiores e inquestionáveis.
Ora bem, reflectindo sobre o assunto e dado que este alargamento de horário não equivalia a horas extraordinárias nenhumas - estava estabelecido por contrato como horário normal dos funcionários - e muito provavelmente o local de substituição (SASU) precisará de mais pessoal para fazer face ao aumento da procura, pergunto se isto se trata de uma melhoria ou de uma contenção (?!) de custos.
Até parece que tem que se apagar a boa imagem que a Unidade de Saúde Familiar Horizonte ganhou.
Há coisas que eu não entendo. Mesmo. Mas é por estas e por outras que o nosso país não pode nunca andar prá frente.
Ora bem, reflectindo sobre o assunto e dado que este alargamento de horário não equivalia a horas extraordinárias nenhumas - estava estabelecido por contrato como horário normal dos funcionários - e muito provavelmente o local de substituição (SASU) precisará de mais pessoal para fazer face ao aumento da procura, pergunto se isto se trata de uma melhoria ou de uma contenção (?!) de custos.
Até parece que tem que se apagar a boa imagem que a Unidade de Saúde Familiar Horizonte ganhou.
Há coisas que eu não entendo. Mesmo. Mas é por estas e por outras que o nosso país não pode nunca andar prá frente.
segunda-feira, agosto 15, 2011
18 ANOS COM 20 DE EXPERIÊNCIA
Foi esta a formúla que a minha sobrinha Inês encontrou para que não me custasse tanto 'assumir' a idade que hoje se concretiza.
E também hoje, e finalmente, dei o meu primeiro mergulho do ano no mar. Obrigada, Fátima Magalhães pela insistência. Valeu a pena.
E também hoje, e finalmente, dei o meu primeiro mergulho do ano no mar. Obrigada, Fátima Magalhães pela insistência. Valeu a pena.
terça-feira, agosto 09, 2011
QUASE LÁ
Aproxima-se a passos largos o dia do meu natal.
Sempre gostei de comemorar aniversários mas este ano... este ano acho que não há nada que mereça ser comemorado. O que mudou? Eis a pergunta que me tenho feito constantemente e à qual ainda não soube responder.
Sempre gostei de comemorar aniversários mas este ano... este ano acho que não há nada que mereça ser comemorado. O que mudou? Eis a pergunta que me tenho feito constantemente e à qual ainda não soube responder.
quarta-feira, agosto 03, 2011
ANJO DA GUARDA
Acredito em Anjos da Guarda. Sei que tenho um e até sei quem ele é. Sei que ele vela por mim e que já muitas vezes me deitou uma mão. Voltou a acontecer sábado passado.
O IP4 é pra mim uma estrada já muito conhecida. Já perdi a conta às vezes que o percorri de cá para lá e de lá para cá. Mas o IP4 está a sofrer obras de alargamento (para passarmos a ter uma maior extensão da A4) e nem todos os desvios que têm de ser feitos estão assinalados da melhor forma possível. As constantes intromissões na faixa de rodagem contrária são imensas e a atenção redobrada que é preciso ter às vezes complica o percurso.
Lá ía eu na minha habitual viagem, tentando não perder o sentido dos inúmeros mecos que vão circunscrevendo o trajecto, quando de repente sinto que perdi a noção da estrada. Só já me apercebo que há uma acentuada curva a fazer quando de repente vejo um daqueles separadores de cimento (muito utilizado neste tipo de obras para também desviar o sentido da marcha) praticamente à minha frente. Naquele momento senti que talvez tivesse chegado a minha hora ou pior ainda, sei lá! Mas da mesma forma que fiquei com a vista completamente baralhada, coloquei o meu braço à frente da pessoa que me acompanhava - a minha irmã Fatinha, na vã tentativa de a proteger do impacto e acabei por conseguir controlar o carro de forma a manter-me no limite do caminho estabelecido, sem uma única mossa. Não ganhamos para o susto, como se costuma dizer. E a sensação de voltar a encontrar a estrada foi de um alívio tremendo.
Sei que foi ele. Sei que foi o meu Anjo da Guarda que nos protegeu. Sei que foi o meu avô António que não deixou que o meu carro se espatifasse contra aquele separador. E tive também a perfeita noção que os sinais que marcam a proibição de ultrapassar os 50 km/h, nesta altura de obras, fazem todo o sentido. Mesmo que uma viagem de 2h possa dar lugar a uma do dobro do tempo.
O IP4 é pra mim uma estrada já muito conhecida. Já perdi a conta às vezes que o percorri de cá para lá e de lá para cá. Mas o IP4 está a sofrer obras de alargamento (para passarmos a ter uma maior extensão da A4) e nem todos os desvios que têm de ser feitos estão assinalados da melhor forma possível. As constantes intromissões na faixa de rodagem contrária são imensas e a atenção redobrada que é preciso ter às vezes complica o percurso.
Lá ía eu na minha habitual viagem, tentando não perder o sentido dos inúmeros mecos que vão circunscrevendo o trajecto, quando de repente sinto que perdi a noção da estrada. Só já me apercebo que há uma acentuada curva a fazer quando de repente vejo um daqueles separadores de cimento (muito utilizado neste tipo de obras para também desviar o sentido da marcha) praticamente à minha frente. Naquele momento senti que talvez tivesse chegado a minha hora ou pior ainda, sei lá! Mas da mesma forma que fiquei com a vista completamente baralhada, coloquei o meu braço à frente da pessoa que me acompanhava - a minha irmã Fatinha, na vã tentativa de a proteger do impacto e acabei por conseguir controlar o carro de forma a manter-me no limite do caminho estabelecido, sem uma única mossa. Não ganhamos para o susto, como se costuma dizer. E a sensação de voltar a encontrar a estrada foi de um alívio tremendo.
Sei que foi ele. Sei que foi o meu Anjo da Guarda que nos protegeu. Sei que foi o meu avô António que não deixou que o meu carro se espatifasse contra aquele separador. E tive também a perfeita noção que os sinais que marcam a proibição de ultrapassar os 50 km/h, nesta altura de obras, fazem todo o sentido. Mesmo que uma viagem de 2h possa dar lugar a uma do dobro do tempo.
sexta-feira, julho 29, 2011
MOMENTO DE INSPIRAÇÃO
A vida é uma sequência infinita de degraus, uns mais gastos que outros, dependendo do número de vezes que os subimos e descemos.
terça-feira, julho 26, 2011
quinta-feira, julho 14, 2011
TODOS PRECISAMOS DE UM
Sei que não sou o melhor poeta
Mas posso ser o teu melhor amigo
Ando a juntar a música à letra
Para te ajudar quando corres perigo
Por isso aceita esta minha oferta
E passa um bom bocado comigo
Eu sei que não sou o melhor poeta
Mas posso ser o teu melhor amigo
Tem dias em que a coisa se aguenta
Outros onde tudo parece negro
Sopra na brasa até vir a chama
O fogo ajuda a afugentar o medo
Tenta manter a tua porta aberta
O caminho é longo e eu conto contigo
Sei que não sou o melhor poeta
Mas sei que tu és o meu melhor amigo
Eu sei que tu és o meu melhor amigo
E eu sei que tu és o meu melhor amigo
domingo, junho 12, 2011
SANTOS POPULARES VI
Gosto de tradições. Por isso, fica aqui a deixa para se alguém a quiser apanhar: escrever pelos menos uma quadra ao Santo mais popular (até rimou).
Eis as minhas, que eu não faço isto por menos:
Nesta noite de Santo António
Estava eu a facebookar
Quando de repente me lembrei
Do meu querido Auxiliar.
É que esta época festiva
Já aqui é tradição
Venham portanto essas rimas
Antes que chegue o S. João.
E do S. João ao S. Pedro
É só mesmo um tirinho
Mas seja qual for o teu Santo
Brinda-o com um copo de vinho!
terça-feira, maio 31, 2011
PRIMEIRA COMUNHÃO
A minha amiguinha com nome de flor fez a sua Primeira Comunhão no sábado passado. Estava tão bonita!!!!
E para marcar a data, resolvi oferecer-lhe um presente para a vida, por assim dizer, feito por mim. Porque a minha pequena grande amiga merece.
E para marcar a data, resolvi oferecer-lhe um presente para a vida, por assim dizer, feito por mim. Porque a minha pequena grande amiga merece.
terça-feira, maio 17, 2011
O NOSSO SONETO
Não queres falar de amor
Mesmo sendo ele que nos une
É como se sentisses terror
De vir a arder nesse lume.
Pra calar teu coração
Podes os lábios cerrar
Mas não tenhas a ilusão
Que assim o vais acalmar.
Ele é tonto, quase louco
Porque até mesmo com pouco
Consegue rejubilar.
Por isso um amor como o teu
Que é igualzinho ao meu
Não se pode, não se deve abafar.
Mesmo sendo ele que nos une
É como se sentisses terror
De vir a arder nesse lume.
Pra calar teu coração
Podes os lábios cerrar
Mas não tenhas a ilusão
Que assim o vais acalmar.
Ele é tonto, quase louco
Porque até mesmo com pouco
Consegue rejubilar.
Por isso um amor como o teu
Que é igualzinho ao meu
Não se pode, não se deve abafar.
DÚVIDA EXISTENCIAL
Pau que nasce torto nunca se endireita, dizem.
E quando algo corre mal, há sempre a possibilidade de correr ainda pior, também dizem.
E agora pergunto eu: mas porque tive eu a sorte de me meter aqui?
E quando algo corre mal, há sempre a possibilidade de correr ainda pior, também dizem.
E agora pergunto eu: mas porque tive eu a sorte de me meter aqui?
sexta-feira, maio 06, 2011
O MEU SONETO
Em atitudes e em ritmos fleumáticos,
Erguendo as mãos em gestos recolhidos,
Todos brocados fúlgidos, hieráticos,
Em ti andam bailando os meus sentidos...
E os meus olhos serenos, enigmáticos
Meninos que na estrada andam perdidos,
Dolorosos, tristíssimos, extáticos,
São letras de poemas nunca lidos...
As magnólias abertas dos meus dedos
São mistérios, são filtros, são enredos
Que pecados d´amor trazem de rastros...
E a minha boca, a rútila manhã,
Na Via Láctea, lírica, pagã,
A rir desfolha as pétalas dos astros!..
Erguendo as mãos em gestos recolhidos,
Todos brocados fúlgidos, hieráticos,
Em ti andam bailando os meus sentidos...
E os meus olhos serenos, enigmáticos
Meninos que na estrada andam perdidos,
Dolorosos, tristíssimos, extáticos,
São letras de poemas nunca lidos...
As magnólias abertas dos meus dedos
São mistérios, são filtros, são enredos
Que pecados d´amor trazem de rastros...
E a minha boca, a rútila manhã,
Na Via Láctea, lírica, pagã,
A rir desfolha as pétalas dos astros!..
Florbela Espanca
PROCURA
Não sei o que procuro em ti.
Sei que não devia ser em ti que eu deveria procurar esse não sei quê.
Mas também sei que gosto de procurar esse não sei quê em ti.
Sei que não devia ser em ti que eu deveria procurar esse não sei quê.
Mas também sei que gosto de procurar esse não sei quê em ti.
quinta-feira, abril 21, 2011
OS SÍMBOLOS DA PÁSCOA
Os ovos e os coelhos
Simbolizam a renovação e a vida nova. Os primeiros por conterem o fruto da vida, representando o nascimento e os segundos por serem animais com capacidade de gerar grandes ninhadas.
Em muitos países europeus, ainda hoje há a crença de que comer ovos no Domingo de Páscoa traz saúde e sorte durante o resto do ano. Esta é uma das explicações para os folares com ovos.
Há quem diga também que um ovo posto na sexta-feira santa afasta as doenças.
Já a tradição do coelho da Páscoa foi uma importação.
Foram imigrantes alemães que a levaram para a América em meados de 1700. Para eles, o coelhinho visitava as crianças, escondendo os ovos coloridos que elas teriam de encontrar na manhã do Domingo de Páscoa. A tradição não veio para Portugal (embora eu hoje tenha ouvido dizer ao Nuno Markl que a mãe dele fazia essa brincadeira com ele e a irmã lá em casa) mas veio a imagem do coelho.
Os símbolos Cristãos
O cordeiro, que simboliza Cristo (o cordeiro de Deus) que se sacrificou em favor de todo o rebanho, que são os homens.
A cruz, que simboliza a morte e a Ressureição de Cristo. É um símbolo de vida e de passagem.
O círio, que simboliza a luz e tem gravado os símbolos Alfa (o início) e Ómega (o fim), do alfabeto grego, e que querem dizer: 'Deus é o princípio e o fim de tudo'.
Simbolizam a renovação e a vida nova. Os primeiros por conterem o fruto da vida, representando o nascimento e os segundos por serem animais com capacidade de gerar grandes ninhadas.
Em muitos países europeus, ainda hoje há a crença de que comer ovos no Domingo de Páscoa traz saúde e sorte durante o resto do ano. Esta é uma das explicações para os folares com ovos.
Há quem diga também que um ovo posto na sexta-feira santa afasta as doenças.
Já a tradição do coelho da Páscoa foi uma importação.
Foram imigrantes alemães que a levaram para a América em meados de 1700. Para eles, o coelhinho visitava as crianças, escondendo os ovos coloridos que elas teriam de encontrar na manhã do Domingo de Páscoa. A tradição não veio para Portugal (embora eu hoje tenha ouvido dizer ao Nuno Markl que a mãe dele fazia essa brincadeira com ele e a irmã lá em casa) mas veio a imagem do coelho.
Os símbolos Cristãos
O cordeiro, que simboliza Cristo (o cordeiro de Deus) que se sacrificou em favor de todo o rebanho, que são os homens.
A cruz, que simboliza a morte e a Ressureição de Cristo. É um símbolo de vida e de passagem.
O círio, que simboliza a luz e tem gravado os símbolos Alfa (o início) e Ómega (o fim), do alfabeto grego, e que querem dizer: 'Deus é o princípio e o fim de tudo'.
E porque a Páscoa se comemora além fronteiras:
Nota de rodapé: Não se esqueçam de abusar das amêndoas e do folar.
quinta-feira, abril 14, 2011
DEFINIÇÃO DE AVÓ
Uma Avó é uma mulher que não tem filhos, por isso gosta dos filhos dos outros. As Avós não têm nada para fazer, é só estarem ali. Quando nos levam a passear, andam devagar e não pisam as flores bonitas nem as lagartas. Nunca dizem 'Despacha-te!'. Normalmente são gordas, mas mesmo assim conseguem apertar-nos os sapatos. Sabem sempre que a gente quer mais uma fatia de bolo ou uma fatia maior. As Avós usam óculos e às vezes até conseguem tirar os dentes. Quando nos contam histórias, nunca saltam bocados e nunca se importam de contar a mesma história várias vezes. As Avós são as únicas pessoas grandes que têm sempre tempo. Não são tão fracas como dizem, apesar de morrerem mais vezes do que nós.
Toda a gente deve fazer o possível por ter uma Avó, sobretudo se não tiver televisão.
Toda a gente deve fazer o possível por ter uma Avó, sobretudo se não tiver televisão.
Artigo redigido por uma menina de 8 anos e publicado no Jornal do Cartaxo.
sexta-feira, abril 08, 2011
VAIDADE
Sonho que sou a Poetisa eleita,
Aquela que diz tudo e tudo sabe,
Que tem a inspiração pura e perfeita,
Que reúne num verso a imensidade!
Sonho que um verso meu tem claridade
Para encher todo o mundo! E que deleita
Mesmo aqueles que morrem de saudade!
Mesmo os de alma profunda e insatisfeita!
Sonho que sou Alguém cá neste mundo...
Aquela de saber vasto e profundo,
Aos pés de quem a terra anda curvada!
E quando mais no céu eu vou sonhando,
E quando mais no alto ando voando,
Acordo do meu sonho... E não sou nada!
Aquela que diz tudo e tudo sabe,
Que tem a inspiração pura e perfeita,
Que reúne num verso a imensidade!
Sonho que um verso meu tem claridade
Para encher todo o mundo! E que deleita
Mesmo aqueles que morrem de saudade!
Mesmo os de alma profunda e insatisfeita!
Sonho que sou Alguém cá neste mundo...
Aquela de saber vasto e profundo,
Aos pés de quem a terra anda curvada!
E quando mais no céu eu vou sonhando,
E quando mais no alto ando voando,
Acordo do meu sonho... E não sou nada!
Florbela Espanca
segunda-feira, abril 04, 2011
CONTÁGIO
Levantar-me por obrigação mesmo com um sol esplêndido lá fora não é bom sinal. Acho que não é só o país que mergulhou numa crise...
domingo, março 27, 2011
quarta-feira, março 23, 2011
MIMINHOS DE PÁSCOA
Porque a vida é feita de pequenos mimos, não se devem deixar passar as oportunidades de adoçar a vida.
No Arte a Brincar, propomos, eu e a minha mana Fatinha, que tornem a vossa Páscoa doce, bonita e cheia de mimos. Passem por lá e não resistam! ;))
Estes miminhos têm o alto patrocínio da D. Adélia, a nossa querida mãe, que fez as cestinhas.
No Arte a Brincar, propomos, eu e a minha mana Fatinha, que tornem a vossa Páscoa doce, bonita e cheia de mimos. Passem por lá e não resistam! ;))
Estes miminhos têm o alto patrocínio da D. Adélia, a nossa querida mãe, que fez as cestinhas.
segunda-feira, março 14, 2011
SERÁ QUE DEPENDE DA POSIÇÃO?
Segundo estudos recentes,
parado, fortalece a coluna;
de cabeça baixa, estimula a circulação do sangue;
de barriga para cima dá mais prazer;
sozinho, é estimulante, mas egoísta;
em grupo, pode até ser divertido;
no banho pode ser arriscado;
no automóvel, é muito perigoso...
com frequência, desenvolve a imaginação;
entre duas pessoas, enriquece o conhecimento;
de joelhos, o resultado pode ser doloroso...
Enfim, sobre a mesa ou no escritório,
antes de comer ou depois da sobremesa ,
sobre a cama ou na rede,
nus ou vestidos,
sobre o sofá ou no tapete,
com música ou em silêncio,
entre lençóis ou no "closet":
é sempre um acto de amor e de enriquecimento.
Não importa a idade, nem a raça, nem a crença,
nem o sexo, nem a posição socio-económica...
... Ler é sempre um prazer!
Definitivamente, o acto de ler leva a desfrutar e a desenvolver a imaginação, não é?!
:)))))))))))))))
parado, fortalece a coluna;
de cabeça baixa, estimula a circulação do sangue;
de barriga para cima dá mais prazer;
sozinho, é estimulante, mas egoísta;
em grupo, pode até ser divertido;
no banho pode ser arriscado;
no automóvel, é muito perigoso...
com frequência, desenvolve a imaginação;
entre duas pessoas, enriquece o conhecimento;
de joelhos, o resultado pode ser doloroso...
Enfim, sobre a mesa ou no escritório,
antes de comer ou depois da sobremesa ,
sobre a cama ou na rede,
nus ou vestidos,
sobre o sofá ou no tapete,
com música ou em silêncio,
entre lençóis ou no "closet":
é sempre um acto de amor e de enriquecimento.
Não importa a idade, nem a raça, nem a crença,
nem o sexo, nem a posição socio-económica...
... Ler é sempre um prazer!
Definitivamente, o acto de ler leva a desfrutar e a desenvolver a imaginação, não é?!
:)))))))))))))))
sexta-feira, março 11, 2011
O PORQUÊ #5
MAL E PORCAMENTE
Significado: Muito mal; de modo muito imperfeito.
Origem: «Inicialmente, a expressão era "mal e parcamente". Quem fazia alguma coisa assim, agia mal e eficientemente, com parcos (poucos) recursos. Como parcamente não era uma palavra de amplo conhecimento, o uso popular tratou de substituí-la por outra, parecida, bastante conhecida e adequada ao que se pretendia dizer. E ficou "mal e porcamente", sob protesto suíno.»
Significado: Muito mal; de modo muito imperfeito.
Origem: «Inicialmente, a expressão era "mal e parcamente". Quem fazia alguma coisa assim, agia mal e eficientemente, com parcos (poucos) recursos. Como parcamente não era uma palavra de amplo conhecimento, o uso popular tratou de substituí-la por outra, parecida, bastante conhecida e adequada ao que se pretendia dizer. E ficou "mal e porcamente", sob protesto suíno.»
in A Casa da Mãe Joana, de Reinaldo Pimenta, vol.1 (Editora Campus, Rio de Janeiro)
sexta-feira, março 04, 2011
MUDANÇA DE PLANOS
Tinha dito a mim mesma: 'Vais conhecer o homem dos teus sonhos'. Afinal chego lá e ele já tinha ido embora! Bem, se calhar até foi bom já que aproveitei e fui ter com outro. Devo confessar que o 'Discurso do Rei' me emocionou bastante. E aquela velha máxima que diz que 'atrás de um grande homem há sempre uma grande mulher', está ali bem patente. Vão ver que vale a pena. Mesmo.
quinta-feira, março 03, 2011
ÀS VEZES O SILÊNCIO É MESMO DE OURO
Na ânsia de se querer dizer tudo o que se sente, nem sempre se o diz da melhor forma. Nem sempre o que se lê, se lê da forma que quem o escreveu lhe deu. Explicar sentimentos não é fácil. E talvez por isso seja melhor senti-los, apenas. É que o silêncio pode doer mas há palavras que doem muito mais.
sexta-feira, fevereiro 25, 2011
segunda-feira, fevereiro 14, 2011
sexta-feira, fevereiro 11, 2011
HÁ COISAS QUE NÃO SE ESQUECEM
Aos 17 anos, altura em que se prespectivava a entrada na faculdade, tive várias vezes de me deslocar a Bragança apesar de estudar em Macedo de Cavaleiros. Primeiro para fazer as provas específicas e mais tarde para tratar da candidatura e ver resultados. Ainda me lembro de ter ido de comboio. Nessa altura, uma viagem de comboio de Macedo a Bragança era uma aventura... para se estar lá a horas de fazer as provas, 9h, era preciso madrugar!
Mas voltando ao assunto inicial, foi em Bragança que me apaixonei por um carro. Rara era a vez que lá ía que não o visse. Um carocha pintado de um cor-de-rosa lindo, rosa bébé, com jantes e interiores brancos em pele e, imaginem só, descapotável! Aquele carro enchia-me as medidas e ainda eu não pensava sequer em tirar a carta de condução. Como diria um amigo meu, esse carro era feito à minha medida, um carro de barbie.
E hoje, ao ver passar na rua uma Renault 4L cor-de-rosa, linda de morrer, lembrei-me deste meu primeiro amor. :))
Mas voltando ao assunto inicial, foi em Bragança que me apaixonei por um carro. Rara era a vez que lá ía que não o visse. Um carocha pintado de um cor-de-rosa lindo, rosa bébé, com jantes e interiores brancos em pele e, imaginem só, descapotável! Aquele carro enchia-me as medidas e ainda eu não pensava sequer em tirar a carta de condução. Como diria um amigo meu, esse carro era feito à minha medida, um carro de barbie.
E hoje, ao ver passar na rua uma Renault 4L cor-de-rosa, linda de morrer, lembrei-me deste meu primeiro amor. :))
segunda-feira, fevereiro 07, 2011
AMOR QUE MORRE
O nosso amor morreu... quem o diria!
Quem o pensava mesmo ao ver-me tonta,
Ceguinha de te ver, sem ver a conta
Do tempo que passava, que fugia!
Bem estava a sentir que ele morria...
E outro clarão, ao longe, já desponta!
Um engano que morre... e logo aponta
A luz doutra miragem fugidia...
Eu bem sei, meu Amor, que pra viver
São precisos amores, pra morrer,
E são precisos sonhos pra partir.
E bem sei, meu Amor, que era preciso
Fazer do amor que parte o claro riso
De outro amor impossível que há-de vir!
Quem o pensava mesmo ao ver-me tonta,
Ceguinha de te ver, sem ver a conta
Do tempo que passava, que fugia!
Bem estava a sentir que ele morria...
E outro clarão, ao longe, já desponta!
Um engano que morre... e logo aponta
A luz doutra miragem fugidia...
Eu bem sei, meu Amor, que pra viver
São precisos amores, pra morrer,
E são precisos sonhos pra partir.
E bem sei, meu Amor, que era preciso
Fazer do amor que parte o claro riso
De outro amor impossível que há-de vir!
FLORBELA ESPANCA
quarta-feira, janeiro 19, 2011
O PORQUÊ #4
COMER MUITO QUEIJO
Significado: Ser esquecido; ter má memória.
Origem: A origem desta expressão portuguesa pode explicar-se pela relação de causalidade que, em séculos anteriores, era estabelecida entre a ingestão de lacticínios e a diminuição de certas faculdades intelectuais, especificamente a memória.
A comprovar a existência desta crença existe o excerto da obra do padre Manuel Bernardes "Nova Floresta", relativo aos procedimentos a observar para manter e exercitar a memória: «Há também memória artificial da qual uma parte consiste na abstinência de comeres nocivos a esta faculdade, como são os lacticínios, carnes salgadas, frutas verdes e vinho sem muita moderação, e também o demasiado uso do tabaco».
Sabe-se hoje, através dos conhecimentos provenientes dos estudos sobre memória e nutrição, que o leite e o queijo são fornecedores privilegiados de cálcio e de fósforo, elementos importantes para o trabalho cerebral. Apesar do contributo da ciência para desmistificar uma antiga crença popular, a ideia do queijo como alimento nocivo à memória ficou cristalizada na expressão 'comer muito queijo'.
Significado: Ser esquecido; ter má memória.
Origem: A origem desta expressão portuguesa pode explicar-se pela relação de causalidade que, em séculos anteriores, era estabelecida entre a ingestão de lacticínios e a diminuição de certas faculdades intelectuais, especificamente a memória.
A comprovar a existência desta crença existe o excerto da obra do padre Manuel Bernardes "Nova Floresta", relativo aos procedimentos a observar para manter e exercitar a memória: «Há também memória artificial da qual uma parte consiste na abstinência de comeres nocivos a esta faculdade, como são os lacticínios, carnes salgadas, frutas verdes e vinho sem muita moderação, e também o demasiado uso do tabaco».
Sabe-se hoje, através dos conhecimentos provenientes dos estudos sobre memória e nutrição, que o leite e o queijo são fornecedores privilegiados de cálcio e de fósforo, elementos importantes para o trabalho cerebral. Apesar do contributo da ciência para desmistificar uma antiga crença popular, a ideia do queijo como alimento nocivo à memória ficou cristalizada na expressão 'comer muito queijo'.
sábado, janeiro 08, 2011
quinta-feira, janeiro 06, 2011
AGRADECIMENTO
Quero muito agradecer, do fundo do coração, àquela empresa cujo nome começa por PAR e termina em FOIS, o facto de ter aberto uma excepção aqui à minha pessoa. Afinal, só pôs em causa uma das suas regras básicas de funcionamento: trocar um artigo apesar de não ter talão nem de oferta nem de compra. As etiquetas que acompanham o produto, basicamente, parecem não servir para nada.
Gostava também de parabenizar (andava mortinha por usar esta palavra tão... acordo ortográfico) a mesma empresa, pelo facto de dar uma formação tão intensa às suas funcionárias. Sim, para meu bem, a menina que me atendeu ontem na loja do Norte Shopping, fez logo o favor de me elucidar sobre os eventuais problemas que sobre mim podiam recaír caso utilizasse o livro de reclamações.
E porque a funcionária em causa era um amor, aproveito para lhe pedir desculpas pelo facto de não ter demonstrado toda a minha alegria e gratidão pela excepção feita à minha pessoa.
São momentos como este que nos mostram que afinal o impossível às vezes pode tornar-se possível.
Gostava também de parabenizar (andava mortinha por usar esta palavra tão... acordo ortográfico) a mesma empresa, pelo facto de dar uma formação tão intensa às suas funcionárias. Sim, para meu bem, a menina que me atendeu ontem na loja do Norte Shopping, fez logo o favor de me elucidar sobre os eventuais problemas que sobre mim podiam recaír caso utilizasse o livro de reclamações.
E porque a funcionária em causa era um amor, aproveito para lhe pedir desculpas pelo facto de não ter demonstrado toda a minha alegria e gratidão pela excepção feita à minha pessoa.
São momentos como este que nos mostram que afinal o impossível às vezes pode tornar-se possível.
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