Quem o pensava mesmo ao ver-me tonta,
Ceguinha de te ver, sem ver a conta
Do tempo que passava, que fugia!
Bem estava a sentir que ele morria...
E outro clarão, ao longe, já desponta!
Um engano que morre... e logo aponta
A luz doutra miragem fugidia...
Eu bem sei, meu Amor, que pra viver
São precisos amores, pra morrer,
E são precisos sonhos pra partir.
E bem sei, meu Amor, que era preciso
Fazer do amor que parte o claro riso
De outro amor impossível que há-de vir!
FLORBELA ESPANCA
6 comentários:
permito-me acrescentar que:
...tudo o que é bom, dura apenas o tempo suficiente para não ser esquecido...
...não importa o tempo que dura, o importante mesmo é o que se vive, porque nada é eterno...
bonito poema este de Florbela Espanca!
beijinho
Esmeralda
Esmeralda, concordo com tudo o que deixaste aqui escrito.
Beijinhos
... e morreu?
Não ;)
A Florbela Espanca morreu... o amor não!?
Flor
Bjs.
Isso mesmo!
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